Mais de 90% dos estrangeiros presos no Brasil que são
atendidos pela Defensoria Pública Federal foram detidos por tráfico
internacional de drogas (maconha, cocaína, extasy, lsd, entre outras) e desejam ser expulsos do país para cumprir a pena em
seus países de origem.
De acordo com dados da defensora pública federal Letícia
Sjoman Torrano, no Brasil há um total de 3.191 estrangeiros presos (2.417
homens e 774 mulheres) de 109 nacionalidades diferentes que pediram para ser
representados por defensores públicos. A maioria procede da Bolívia (537), e
mais da metade é de países da América Latina (1.546).
Além de querer ser expulsa do país, a maioria reclama da
demora dos processos judiciais no Brasil.
'Dos (presos) que chegam para nós, 90% são 'mulas' (pessoas
que transportam entorpecentes) do tráfico de drogas', afirmou Letícia durante o
2º Seminário sobre Presos Estrangeiros, promovido pelo Conselho Nacional de
Justiça, na Ordem dos Advogados do Brasil seção Rio de Janeiro (OAB-RJ).
De acordo com a defensora, a maioria desses presos,
inclusive os de países desenvolvidos, alega sofrer dificuldades financeiras em
suas nações de origem.
A defensora afirmou que a principal queixa destes presos é
de estar longe de suas famílias sem receber praticamente nenhuma visita nas
prisões brasileiras.
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